No
mundo terreno tudo é transitório
E
a glória do seres
Ocorre
quando se é imolado
Seu
espírito de sacrifício
Faz
o corpo sofrer o holocausto
E
é na autoimolação, na doação
Que
está a glória do que é perecível
Pois
tudo passa, tudo flui
Em
oposição ao valor mundano
Que
busca o prazer egoisticamente
Temendo
a morte, o transitório
Vivendo
em plenitude o presente
Antes
que ele passe e vire passado
É
a rejeição do bem existente
Limitado,
transitório, das criaturas
O
mal relativo das coisas criadas
Que
submete o homem a esta vida
Cobrando
dele escolhas resignadas
Ser
um transcendente feliz
Ou
um imanente imerso na tristeza
E
na força de sua revolta
O homem
exalta a criatura
Para
além do justo limite
Recusa
todo e qualquer tipo de sacrifício
Rejeita
a transitoriedade das coisas
Revolta-se
contra o tempo
Por
não poder obter a felicidade absoluta
Já
neste mundo, a glória eterna
Põe
tudo a perder
E não
viver a sua finalidade
Pois
se satisfaz
Com
estado de natureza decaída
O
mundo torna-se belíssimo, excelente
Onde
o homem pela razão
Pode
ordená-lo, alcançar a glória
E
felicidade absoluta
Ser
como deus, o seu próprio deus.
Por:
Keller
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