Ao me fazer criança de novo
Mesmo que sem cabeça de novo
É reviver o que pode vir escondido
Oculto em um olhar do tempo maduro.
Percebo o quanto é belo sonhar
Mesmo que sem motivado desejo
Mas apenas contemplar deslumbre
De uma vida sensível pura sensação.
Assim me voltar no tempo só
Pois a mim me pertence às ideias
Que são singulares no tempo espaço
Encrustadas na mente de sensações tons.
Que compõe as imagens e até sons
De palavras a serem compreendidas
Não somente pelo raciocínio dialético
Mas também pelo sentimento irracional.
De se poderem fundir as contradições
E abraçar o novo que pode vir a surgir
Mesmo que incompreensível e disforme
Fazendo-me caminhar em sentido adiante.
Por: Keller